quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Irmã mais velha de Caetano Veloso morre aos 83 anos em Salvador (Postado por Lucas Pinheiro)

A irmã mais velha dos cantores Caetano Veloso e Maria Bethânia morreu na tarde desta quarta-feira (26), em Salvador, vítima de insuficiência respiratória. Eunice Veloso, mais conhecida como Nicinha, estava internada desde setembro na UTI do Hospital Português, de acordo com informações da irmã Mabel Veloso. Ela completou 83 anos no último dia 9 deste mês.
O corpo de Nicinha segue ainda nesta quarta-feira para Santo Amaro, no Recôncavo Baiano, onde será velado a partir das 17h no Memorial Edith do Prato. Na quinta-feira, a partir das 8h, o corpo sai em cortejo para a Igreja da Purificação, onde será celebrada uma missa e uma homenagem será feita pelo coral Miguel Lima, do qual Nicinha fazia parte. O sepultamento está previsto para as 11h, no cemitério da cidade.
Nicinha foi adotada por Dona Canô, matriarca dos Veloso, aos três anos de idade. Ela era irmã biológica de Edith do Prato, sambista baiana.
Homenagem
Em 1975, Caetano Veloso apresentou ao público a música 'Nicinha', faixa do álbum 'Qualquer coisa'. A música é uma homenagem à irmã do cantor baiano, que tocava piano e também fazia parte de um coral.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Paraplégico dá primeiros passos após transplante pioneiro na Bahia (Postado por Lucas Pinheiro)

Após seis meses do transplante de células-tronco realizado em Salvador, o major da Polícia Militar, Maurício Ribeiro, deu os primeiros passos.  Ele caiu de um telhado e passou os últimos nove anos sem nenhum movimento da cintura para baixo.

"Eu dei o passo e me senti estranho, porque nove anos sem caminhar e perceber que eu estava conseguindo fazer isso sobre minhas próprias pernas. Então, foi uma sensação muito boa", emociona-se Maurício.

A cirurgia foi realizada depois de cinco anos de pesquisa. No procedimento, os médicos retiraram do osso do quadril do próprio paciente células-tronco mesenquimais, que têm grande capacidade de se transformar em diversos tipos de tecido, e injetaram diretamente no local onde a coluna foi atingida.

A técnica pioneira no país foi desenvolvida por cientistas da Fundação Osvaldo Cruz, no laboratório do Hospital São Rafael, em Salvador, onde está um dos mais avançados centros de terapia celular da América Latina. Dois meses depois de operado, Maurício já se equilibrava sobre as pernas e até pedalava nas sessões de fisioterapia. Os médicos não sabem ainda se ele e os outros 19 pacientes que serão submetidos ao mesmo tratamento vão voltar a andar normalmente, mas já comemoram os resultados.

"É muito gratificante, e não somente isso, saber que isso é apenas uma ponta de iceberg, que com os resultados positivos nós podemos expandir essa técnica para um número maior de pacientes no futuro, além de continuar pesquisando formas de aprimorá-la", pontua Marcus Vinícius Mendonça, neurocirurgião.

Em entrevista, o neurocirurgião Marcus Vinícius Mendonça dá detalhes sobre o tratamento, confira no vídeo ao lado.

A família do policial militar nunca perdeu a esperança. "Quando aconteceu essa cirurgia, eu tive certeza de que Deus estava com a gente e que ele ia conseguir andar", declara Márcia Ribeiro, esposa de Maurício.

"Para quem não tinha nenhuma perspectiva, e hoje eu já tenho uma perspectiva de estar no andador, dando os primeiros passos, já é sinal de que alguma coisa está acontecendo, e daqui para frente acho que só tende a melhorar", espera Maurício.

sábado, 22 de outubro de 2011

'Tive que me equilibrar', diz aluna que atravessou cadeiras para fazer Enem (Postado por Lucas Pinheiro)


Mais de dez carteiras escolares foram enfileiradas para servir como ponte improvisada e permitir o acesso de estudantes a uma das entradas da Escola Estadual José Augusto Tourinho Dantas, no bairro de São Cristóvão, em Salvador. A situação aconteceu na manhã deste sábado (22), primeiro dia de realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A área foi tomada pela água do rio Ipitanga, que passa pelo local e, segundo os moradores, sempre transborda em dias de chuva, como foi na quinta (19) e na sexta-feira (20). “Alagou toda a área de Cassange hoje de manhã. Tem um rio que transborda e invade as casas. Minha casa fica perto, mas dessa vez não fui afetada”, relata a moradora Indeildes Matos.
A estudante Jaqueline Gonçalves, de 16 anos, conta que precisou entregar a seu pai as sandálias que usava para passar de carteira em carteira e fazer a prova do Enem pela primeira vez. “Tinham muitos pais aqui aglomerados, todos preocupados. As pessoas que vieram não conhecem essa região, não sabem que tem outra entrada. Eu mesma tive que passar. Algumas balançavam, me equilibrei, estavam todas úmidas, com perigo de escorregar”, descreve a aluna do 2° ano do Ensino Médio.

As carteiras improvisadas foram a solução dada pela coordenação  para que os alunos que chegaram pelos fundos da instituição de ensino não perdessem a prova. A funcionária Selma Santos, de 54 anos, passou pelo local às 7h30 e precisou atravessar a área alagada para entrar na escola.
“Os funcionários tiveram que chegar para depois providenciar as carteiras. Todo mundo sabe que isso acontece, é uma situação que clama por solução, que não vem. Toda enchente é isso”, comenta a moradora do bairro.
As alternativas de acesso não foram suficientes para que a estudante Jéssica Santos, de 20 anos, conseguisse chegar. Ela conta que desistiu da prova por conta das dificuldades encontradas no trajeto. “Eu acordei cedo. Moro em Mussurunga e cheguei em São Cristóvão meio-dia. Fui de micro-ônibus, na rua perto do colégio, tive que pegar um mototáxi. Não tinha condições de passar. Estava tudo cheio de água e barro. Não poderia me arriscar a seguir para a outra entrada do colégio, que fica longe de lá. Acabei desistindo e voltando para casa”, lamenta a estudante que sonhava com a vaga em uma universidade.
A coordenação da escola informou que todas as providências foram tomadas para evitar que os candidatos deixassem de realizar a prova. Além das carteiras, alguns carros foram disponibilizados para transporte dos estudantes. A área alagada fica nos fundos do colégio, que, apesar de ficar mais próximo ao ponto de ônibus e ter maior acessibilidade, não é a entrada principal da instituição. Cerca de 500 pessoas fizeram prova no local.


Uma pessoa morre em desabamento de imóvel em Salvador (Postado por Erick Oliveira)

Um homem morreu e a mulher dele ficou ferida no desabamento de uma casa na madrugada deste sábado (22), no bairro de Bom Juá, em Salvador. O acidente aconteceu na Rua Antônio Monteiro dos Santos. Antes da chegada do Corpo de Bombeiros, vizinhos ajudaram a retirar a moradora dos escombros.
Segundo testemunhas, o garçom de 46 anos havia acabado de chegar do trabalho e estava deitado na cama quando a estrutura desmoronou. A mulher dele, de 44 anos, gritou por socorro e conseguiu escapar com vida. Ela foi encaminhada com ferimentos para o Hospital Roberto Santos. Segundo informações da unidade de saúde, a paciente apresenta lesões na cabeça e escoriações no ombro esquerdo, mas está lúcida e conversando normalmente.
Moradores da rua relatam que os dois moravam no local há cerca de 20 anos. "Quando eu levantei, só vi o 'baque' e a mulher gritando, pedindo socorro. A gente foi lá e resgatou ela. Mas o esposo dela estava embaixo dos escombros", conta o cozinheiro Marcus Silva.
Segundo a Defesa Civil, o acidente aconteceu por causa da construção de forma inadequada de um muro de contenção, feito com alvenaria de bloco, que cedeu por conta da chuva. A estrutura atingiu dois imóveis. Uma equipe da Superintendência de Conservação e Uso do Solo do Município (Sucom) foi acionada e deve realizar a demolição do muro e do restante do imóvel que corre risco de ceder.
O engenheiro do órgão Aroaldo Rodrigues informa que outras casas podem desabar no bairro do Bom Juá, mas o levantamento dos técnicos ainda não foi finalizado para saber quais serão as medidas adotadas a fim de evitar novas tragédias.
Liberdade
Outro imóvel desabou em Salvador por volta das 2h da madrugada deste sábado, na travessa Mário Alves, no bairro da Liberdade. Os moradores da casa conseguiram escapar a tempo, mas um vizinho foi atingido pelos escombros e ficou ferido. A dona da residência, uma manicure que está grávida, perdeu todos os móveis. "Estou na rua. Não tenho mais casa, não tenho nada. Estava dormindo com meus filhos, quando vi só foi caindo tudo. Eu e meu pai tiramos as crianças. Estávamos nós quatro", lembra.
Ocorrências
A Defesa Civil de Salvador registrou, até as 11h deste sábado, 42 solicitações de emergência. Foram quatro ameaças de desabamento de imóvel, uma ameaça de desabamento de muro, cinco ameaças de deslizamento de terra, uma ameaça de queda de árvore, duas árvores caídas, dois desabamentos de imóveis, dois desabamentos de muro, três desabamentos parciais, 21 deslizamentos de terra e uma infiltração.
Por conta das fortes chuvas que atingem a capital baiana durante toda a semana, o órgão mantém plantão de 24 horas através do número 199. A ligação é gratuita.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Polícia apreende lençóis de hospitais em loja de Ilhéus, na Bahia (Postado por Lucas Pinheiro)

Alguns materiais de uso hospitalar foram apreendidos por agentes da Delegacia de Furtos e Roubos de Ilhéus, após uma denúncia anônima, na tarde desta quarta-feira (19), no sul da Bahia. De acordo com a polícia, o material era vendido no comércio da cidade. A polícia informou que todo material foi levado para o Centro de Controle de Zoonoses de Ilhéus por conta do risco de contaminação.

Entre os objetos apreendidos estão lençóis, fronhas, jalecos, roupas para pacientes, algumas com manchas de sangue e nome de pessoas, e máscaras de uso hospitalar de unidades de saúde do Rio de Janeiro, São Paulo e outros estados brasileiros. Segundo a polícia, 830 kg do material foram seprados em 23 sacos e armazenados no Centro de Zoonoses.

De acordo com informações da delegada de Furtos e Roubos, Andréia Oliveira, esse material é reutilizado. "Nós constatamos que essa mercadoria não é nova e sim, reutilizada. Iremos alertar as unidades policiais de cada estado para que eles averiguem e possivelmente façam a apreensão de outros materiais", complementa.

Segundo a polícia, o material foi apreendido nesta terça em uma loja de tecidos localizada na Rua Almirante Barroso. A polícia informou que o dono do estabelecimento é de Ilhéus e teria dito que os lençóis, fronhas e jalecos foram comprados em São Paulo. O filho do comerciante prestou depoimento na delegacia no início da noite desta quarta-feira. Em depoimento, ele disse que essa foi a primeira compra do material. Delegada desconfia. "Estamos investigando e acreditamos que essa compra vem sendo feita há alguns tempo, inclusive porque essas mercadorias já estão sujas de sangue e medicamentos", diz. Serão ouvidos na manhã desta quinta-feira (20), representantes de instituições de saúde que estariam comprando o material.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Reitor da UFRB é acusado por alunos de fazer discurso racista na Bahia (Postado por Lucas Pinheiro)

O reitor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), professor Paulo Gabriel Soledade Nacif, divulgou uma nota comentando a polêmica em torno de uma declaração proferida no dia 7 de outubro, durante rodada de negociação com estudantes de graduação, que ocuparam o campus da cidade de Cachoeira por 40 dias, entre setembro e outubro, reivindicando melhorias na instituição.
Um vídeo com trechos do discurso foi postado no Youtube no dia 10 de outubro, onde ele comenta sobre os empecilhos culturais que devem ser ultrapassados no processo de interiorização da universidade no Recôncavo. “Uma universidade que nasce no interior, cujos trabalhadores são do interior... se a gente for ver pela cor do trabalhador, pela renda do trabalhador que nós temos, a formação do trabalhador, a gente vai ver que é um desafio maior. Querer que a UFRB funcione na velocidade de uma universidade antiga ou qualquer outra é brincadeira”, diz no vídeo.
Na gravação, o reitor é interrompido por uma estudante, que mostra indignação com o que foi dito. “A gente não pode considerar de forma alguma o senhor dizer que o fato de a universidade estar no interior e a cor do funcionário interfere diretamente na atuação da UFRB”, contrapõe.
Em conversa com o G1, Paulo Nacif explicou que estava tentando defender os servidores técnico-administrativos durante o discurso, que foram alvos constantes de agressões verbais por parte dos estudantes ao longo do período de ocupação. "Eles chamavam os servidores de corruptos e incompetentes, exigindo que a UFRB, que tem cinco anos, fosse igual à USP imediatamente. A maioria dos servidores está aqui na universidade há dois anos. Mas eles não colocaram essa parte no vídeo", afirma e acrescenta: "Isso é que beira o racismo, a forma com que eles tratam um grupo de servidores que é do interior e não está acostumado a ver essa mobilização de estudante".
Paulo Nacif, 47 anos, é agrônomo formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e reitor da universidade desde abril de 2003. Ele comenta que tem um debate acumulado sobre a questão do racismo e diz reafirmar o discurso exposto para os estudantes. "Não há como considerar a estrutura da sociedade brasileira sem entender a questão de classe e cor. Milton Santos e diversos autores ressaltam isso de forma muito categórica. Entendo que algumas pessoas possam achar tudo isso estranho, mas nós precisamos trazer isso para a sociedade brasileira, que é racista", afirma.
O estudante que gravou e editou o vídeo não foi encontrado pelo G1 para comentar as acusações.
Nota pública
Através de um comunicado publicado no dia 17 de outubro (segunda-feira) no site institucional da UFRB, o reitor comenta o caso. Segundo ele, o vídeo foi editado “cuidadosamente” e divulgado “por um grupo de discentes, alguns, legítimos militantes de partidos e outros coletivos políticos”. Ainda sobre o vídeo, ele comenta a denúncia de racismo: “Nele, uma frase descontextualizada está sendo propagada para dar a falsa impressão de que teria sido racista em minhas declarações. Eu, cujo combate a essa prática, é parte do meu cotidiano”. (Confira abaixo íntegra da nota)
O comunicado tem 23 parágrafos, nos quais diz, entre outros pontos, sobre a origem pobre e negra e como vem combatendo as práticas de desigualdade social e contra o racismo ao longo de sua trajetória de vida.  Ele cita ainda que a sua primeira ação como gestor foi a criação da Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assistência Estudantil (PROPAAE) do Brasil, além do Fórum 20 de Novembro, evento anual que discute questões raciais do Recôncavo, da Bahia e do Brasil.
Ocupação
O movimento de ocupação dos estudantes da UFRB foi iniciado no dia 1° de setembro deste ano, somando 40 dias sem aulas, que foram retomadas apenas no dia 17 de outubro (segunda-feira). A ocupação foi organizada pelo coletivo chamado 'Paralisar para Mobilizar', formada por graduandos de todos os centros da universidade.
Eles apresentaram pauta de reivindicações contendo 106 pontos, entre eles, a ampliação do quadro docente, implantação de convênios com empresas de extensão, volta da Semana Acadêmica, aumento da quantidade e valor das bolsas, reforma e ampliação do Restaurante Universitário (R.U) e cessão de espaço público para movimento estudantil.
A negociação contemplou 35 dos 106 pontos, segundo informações do coletivo estudantil, ocorrida entre os dias 6 e 7 de outubro. Entre os acordos estabelecidos entre as partes estão: transporte intercampi, que será implantado em novembro deste ano, aquisição de nova residência estudantil, que "escore" não seja pré-requisito para manutenção de bolsas, biblioteca básica para o curso de Letras, além de discussão e criação de políticas de estágio.
Confira nota divulgada pelo reitor:
Um vídeo editado cuidadosamente para ocultar o contexto das minhas colocações, durante as mais de vinte horas da Mesa de Negociação com os estudantes, foi divulgado por um grupo de discentes, alguns, legítimos militantes de partidos e outros coletivos políticos. Nele, uma frase descontextualizada está sendo propagada para dar a falsa impressão de que teria sido racista em minhas declarações. Eu, cujo combate a essa prática, é parte do meu cotidiano.
Ao longo de toda a minha vida, lutei contra as desigualdades sociais e raciais, tão deletérias à vida nacional e à humanidade. Como todo brasileiro, oriundo de família negra e pobre, sei na prática o real significado do racismo e da desigualdade. Por isso, ainda na condição de estudante, na época da Ditadura Militar, participei ativamente em processos denunciando o racismo na sociedade brasileira. Como professor da UFBA, antes da existência de nossa UFRB, pude ajudar a mudar essa realidade. Presidi a comissão responsável pela relatoria do Projeto de Implantação de Políticas Afirmativas, instituindo o programa na UFBA, contribuindo para a conquista de uma robusta e corajosa medida de reparação ao povo negro, mudando a composição social e racial daquela universidade, tornando-a mais inclusiva.
Acreditamos desde o início que uma universidade implantada na região mais negra do Brasil deveria refletir a composição étnica e social do nosso povo. Ao tomar posse do cargo de Reitor da UFRB, minha primeira ação institucional foi criar a primeira Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assistência Estudantil (PROPAAE) do Brasil.
Ainda em 2006 criamos o Fórum 20 de Novembro, iniciativa que determina que nesse dia toda a nossa instituição se dedica integralmente à reflexão sobre as questões sócio-raciais no Recôncavo, na Bahia e no Brasil. Em nossa universidade o número de alunos que integram o programa de assistência estudantil é amplamente superior à média nacional. No início, quando construímos as primeiras residências, sentamos e negociamos o modelo com os estudantes. Hoje temos sete residências universitárias, cinco delas, próprias. Novas residências serão construídas. Tudo isso em tão pouco tempo de existência. Lamentavelmente essa minoria nada reconhece.
Assistimos durante o período de paralisação estudantil, a ações de desrespeito e assédio moral focadas principalmente na reitoria e servidores técnico-administrativos. Tais atitudes não possuem precedentes na vida universitária brasileira. Não é possível desconsiderar os evidentes vínculos que existem entre esses surpreendentes desrespeitos e as características sócio-raciais da nossa região, da nossa universidade e do nosso Reitorado, principalmente quando vemos que tais atitudes partiram de uma parcela bem específica do corpo discente.
Já, no final das negociações que culminaram na desocupação da Reitoria e outros espaços da UFRB, considerei inadmissível continuar assistindo a cobranças desmedidas das nossas ações administrativas, sempre acompanhadas de ironias, sarcasmos e agressões, à UFRB, à reitoria e aos nossos servidores técnico-administrativos. Busquei, pedagogicamente, mais uma vez explicar aos alunos as dificuldades de implantação da UFRB, buscando que os mesmos saíssem de uma postura de agressividade para construir a solidariedade necessária a um projeto como esse.
O que fizemos foi evidenciar que a desigualdade sócio-racial até hoje reflete negativamente em toda região. Essa exclusão tem conseqüências em todas as áreas, desde a carência de infraestrutura até a qualificação profissional que, numa sociedade ainda apartada, penaliza ainda mais os pobres e negros. Defendemos ali que os servidores não são “incompetentes” ou “corruptos”, como foram chamados várias vezes no processo de greve estudantil. Os servidores não podem ser condenados pelos problemas que são inerentes à instalação de uma universidade deste porte.
Disse e reafirmo que “o desafio é maior”, uma vez que a desigualdade sócio-racial é maior. Disse e reafirmo que precisamos ser solidários aos nossos servidores que possuem os salários mais baixos do Serviço Público Federal. Disse e reafirmo que os nossos servidores vêm das classes populares e merecem respeito por isso. Disse e reafirmo que a maior parte dos nossos servidores são afrodescendentes e, sofremos todos, o perverso racismo que infelizmente o Brasil teima em não reconhecer e cujo efeito é profundamente deletério na nossa sociedade. Disse e reafirmo que o tratamento dispensado aos servidores e à reitoria é racismo. Disse e reafirmo que não é possível exigir que a UFRB funcione, já nos seus primeiros anos, como uma universidade consolidada dos grandes centros, situadas em ambiente em que o sistema capitalista e o Estado atuam e funcionam em condições mais avançadas. Disse e reafirmo que cumprir em curto e médio prazo as “exigências” dos estudantes, na sua última pauta com 106 itens, mesmo que tivéssemos recursos, seria uma exigência desumana com o nosso competente corpo técnico-administrativo.
A questão da raça ou cor existe apenas em razão da ideologia racista, sem nenhuma base biológica. Segundo Edward Telles no livro “racismo à brasileira”, colocar no centro dessas discussões a cor é importante porque as pessoas continuam a classificar e a tratar o outro segundo idéias socialmente aceitas, e cita W.I. Thomas que declarou: “se os homens definem situações como reais, elas se tornam reais em suas conseqüências”.
É lamentável que esses militantes, alguns já diplomados pela UFRB, desconheçam estudos que demonstram, por exemplo, que a escolaridade é responsável pela maior parte das diferenças na mobilidade social entre brancos e negros. Não é possível se desconhecer pesquisas que demonstram um Brasil no qual, já na pré-escola, existem professores que são mais afetivos com crianças brancas e que muitos ignoram atos discriminatórios entre alunos.
Lembro que na época da discussão do Programa de Políticas Afirmativas da UFBA, o professor João Reis, participando de uma lista de discussão afirmou: “o Brasil é um país miscigenado. Aliás, os Estados Unidos também e diversos da América Latina, idem. Esse aspecto biológico não se traduz imediatamente na mentalidade das pessoas, em nenhum lugar. Uma coisa é a biologia, outra é a sociologia ou a antropologia do fenômeno "racial". No Brasil a cor da pele e outros traços físicos são pretextos para discriminar negativamente. Isso significa que ter a pele clara é possuir um capital simbólico que ajuda grandemente no processo de ascensão social.”
As edições de vídeos divulgados a cada momento não mostram que os estudantes, numa academia, se recusaram a permitir esse franco debate. Fui impedido, a partir dali, de concluir o raciocínio, sob acusação de racismo e determinismo geográfico, tentando expressar o meu orgulho pelos nossos trabalhadores e da nossa história de luta que dura quase meio milênio. E, num julgamento sumário de um verdadeiro tribunal de exceção, fui transformado naquele momento, em um “racista”. Em reuniões anteriores fui chamado repetidamente de Hitler. Eu, que enfrentei a crítica dos que diziam que as cotas iriam “abaixar o nível” da universidade, enquanto o que se provou, por pesquisas, foi o contrário.
Tudo isso é lamentável. Uma universidade amarrada a uma burocracia estatal desmedida deve se preparar para sobreviver a atrasos de suas obras. Mas, uma universidade não poderá jamais sobreviver sem a capacidade de discussão crítica, sinônimo do próprio trabalho do intelectual. Milton Santos destacou que “a universidade é talvez a única instituição que pode sobreviver apenas se aceitar críticas, de dentro dela própria, de uma ou outra forma. Se a universidade pede aos seus participantes que calem, ela está se condenando ao silêncio, isto é à morte, pois seu destino é falar”.
Ao invés de aprofundar esta discussão, fundamental para entender as origens históricas das dificuldades infraestruturais e logísticas dessa região esquecida pelo Estado Brasileiro, por sua vez, indispensável à compreensão da gestão acadêmica, os militantes políticos preferiram cortar um pequeno trecho de longos vídeos, oriundo de extensas negociações, gravadas durante vários dias, e me caluniar, numa campanha política para reverter o resultado do recente processo de consulta à comunidade acadêmica, que redundou na minha posse. Daí, aviltando a academia e a democracia, partem para uma sistemática destruição moral de seus pretensos “inimigos”: nós, que lutamos tanto para construir esta universidade.
Tenho orgulho de termos uma universidade em que 71,89% dos estudantes são oriundos das classes C, D e E. Construímos uma universidade na qual 84,3% dos estudantes se declaram afrodescendentes, algo sem precedentes na história da educação brasileira e que, sem as políticas afirmativas não seria possível nesta etapa de nossa história.
Assumi este mandato há pouco mais de dois meses e, durante toda a eleição, defendi a excelência aliada à inclusão social e elas serão as prioridades da nossa nova gestão. Fui eleito com 88% dos votos válidos de nossa comunidade acadêmica.
Se, durante esse processo de greve, negociamos até o final com este específico grupo de estudantes, num universo de mais de 8 mil, é porque, embora minoritários, são também membros desta comunidade e devem ser tratados com respeito. Há muito que o isolamento político de tal coletivo tem os conduzido a uma progressiva e violenta escalada das agressões, ameaças e calúnias.
Ao difundirem agora a acusação de racismo como estratégia política e partidária para agredir a minha história de vida e a trajetória que construí em defesa de uma sociedade mais justa e humana, estes militantes me levam a, na qualidade de professor concursado, membro da UFRB, fazer a defesa de minha integridade e desta universidade, que, para erguer, dedicamos importante parte de nossas vidas.
A todo o momento este coletivo político assaca acusações, distorce a verdade, manipula os dados e realiza uma articulada campanha de destruição da imagem pública da UFRB. A atitude de atacar a minha honra, após um longo processo de negociação e o fim da paralisação, não tem outro objetivo a não ser construir a fórceps uma crise permanente de modo a inviabilizar as atividades da UFRB, ao arrepio da vontade da ampla maioria da comunidade acadêmica. Não se conformam com qualquer saída negociada, tal qual a que conquistamos, querem o impasse, que não virá.
Em nome da minha história, do meu nome, da minha família e de todos que lutaram pela implantação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, não tenho o direito de deixar de me manifestar contra essas agressões e calúnias e, desta forma, repelir veementemente este tipo de prática inquisitória e antiética.
Agradeço profundamente as centenas de mensagens de indignação solidária encaminhada pelos servidores docentes, técnico-administrativos, discentes e da sociedade brasileira. Não obstante, tomarei as medidas cabíveis para impetrar ações com vistas à reparação dos danos causados à minha honra e à imagem da UFRB.
Paulo Gabriel Soledade Nacif
Professor e Reitor da UFRB

sábado, 15 de outubro de 2011

Caminhão desgovernado deixa cerca de 20 feridos na Ilha de Itaparica (BA) (Postado por Erick Oliveira)

Um caminhão desgovernado atingiu pelo menos 20 pessoas na região conhecida como estrada da Gameleira, em frente a um hipermercado da Ilha de Itaparica, região metropolitana de Salvador, por volta das 11h deste sábado (15) .
Segundo informações da 5ª Companhia Independente da Polícia Militar, responsável pela área, as pessoas estavam em um ponto de ônibus à espera de transporte para um passeio quando o caminhão perdeu o freio e desceu desgovernado.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer) foi acionado para prestar socorro às vítimas na ilha e um helicóptero foi encaminhado para o local. O Hospital Geral de Itaparica confirmou o recebimento de 20 vítimas e informou que já foram registradas quatro mortes. Ainda de acordo com informações do hospital, dois feridos devem ser transferidos para Salvador.
Os Bombeiros informaram  que o Hospital do Subúrbio, em Salvador, possui heliporto e já foi acionado para o recebimento das vítimas.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Maria Rita passa mal e show em Salvador é cancelado, diz assessoria (Postado por Lucas Pinheiro)

A cantora Maria Rita, que está em Salvador para um show nesta sexta-feira (14), passou mal e está hospitalizada, de acordo com informações da sua assessoria de imprensa. O show estava previsto para ser realizado na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, às 19h, mas foi cancelado devido ao estado de saúde da cantora, informou a assessoria.
Maria Rita já estaria com tontura e dor no corpo durante a viagem de Fortaleza para a capital baiana. Ela foi encaminhada para um hospital, onde foi diagnosticada uma infecção gástrica.
A assessoria de Maria Rita informou que está avaliando de que forma o público será ressarcido pelo cancelamento do show. Entre as possibilidades, uma outra data pode ser marcada, ou o dinheiro pode ser devolvido.
Show
Em sua turnê, Maria Rita reúne no palco canções dos três CD’s da carreira, além de músicas interpretadas por ela em outros projetos.
Em Salvador, os ingressos começaram a ser vendidos no dia 28 de setembro, na bilheteria do TCA e nos postos do SAC nos shoppings Barra e Iguatemi. A classificação do show é 14 anos.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011


Fontana apresenta mudanças no relatório da Reforma Política

Henrique Fontana concedeu entrevista coletiva quando falou sobre sua defesa do relatório da Reforma Política.


Confira abaixo a transcrição da entrevista, ou ouça na íntegra na RádioPT.
Mudanças no texto do relatório final.
Henrique Fontana – “Eu amplie a parcela de distribuição igualitária de recursos, dentro do sistema de financiamento público exclusivo de campanhas. Nós ampliamos o número de cidades que terão 2º turno, atendendo também a emendas feitas. As cidades maiores de 100 mil habitantes passarão a ter 2º turno. E alteramos também a distribuição interna dos recursos, para tornar o sistema ainda mais justo, nos sentido de equilíbrio, entre os partidos que disputam uma eleição. Especialmente olhando o papel e o potencial de crescimento que devem ter os partidos de porte médio, hoje dentro da democracia do país”.

Voto
Henrique Fontana – “Eu mantenho a proposta do voto proporcionalmente misto. Onde se amplia o direito de voto do eleitor. Além de o eleitor continuar votando no deputado da sua preferência, ele também terá o direito de escolher um partido político e um programa da sua preferência. E este partido e este programa estarão representados por uma lista de candidatos que está preordenada pelo voto secreto dos filiados do partido. E isso é importante, não são os caciques que organizam a lista. É o voto secreto dos filiados ao partido que organizam esta lista que vai ser analisada pelo eleitor. Para que além de fiscalizar o deputado em quem ele votou, passe a fiscalizar o partido ao qual ele está empenhando o seu voto. Isso do meu ponto de vista fortalece a democracia. Por que é uma democracia forte precisa ter partidos organizados e representativos”.

Mudanças nas doações particulares
Henrique Fontana – “Está havendo uma confusão nessa área, empresas na verdade poderiam continuar doando para este fundo que é administrado pela justiça eleitoral. Ou seja, nenhuma empresa poderá doar para o candidato A ou para o candidato B, ou para o partido A ou partido B. Agora é lógico, não tem porque eu proibir uma empresa que institucionalmente queria apoiar o processo democrático no país, que ela faça essa doação para o tribunal eleitoral, que é quem administra este fundo. E que vai distribuir dentro desses critérios de equidade de que a lei prevê no sistema de financiamento público de campanha. Ou seja, termina completamente o recurso privado sendo dirigido pela empresa A ou empresa B, para o candidato A ou B. O que pode mudar em muitos momentos, em muitas vezes abrir o que eu chamo de uma relação privilegiada. A minha frase é a seguinte: não é bom para a democracia brasileira que todos aqueles que têm interesses a tratar com os futuros governos sejam dos mesmo que financiam as campanhas. Isso quebra o critério de impessoalidade e republicanismo que nós temos que preservar na gestão publica do país”.

O risco de avançar só o financiamento público
Henrique Fontana -  “Não,  porque o projeto de lei em 1º lugar prevê o financiamento, o sistema de votação e a democratização interna dos partidos, que além do que eu já falei, passa-se a exigir direções permanentes e definitivas dos partidos. E os assuntos que demandam PEC, a nossa ideia é preparar uma PEC substitutiva global que logo a seguir da votação do projeto de lei, seja votado.  Agora é evidente, eu não tenho como colocar em um projeto de lei aquilo que demanda uma mudança constitucional. Como é o caso da ampliação da participação popular.  E iniciativas de projeto de lei de iniciativa popular. O fim da coligação proporcional, a alteração da suplência do senado, para que passe a ser o deputado federal mais votado, no mesmo estado e do mesmo partido do senador eleito. Portanto esse suplente terá passado pelo crivo do voto. Essas mudanças exigem mudanças constitucionais. Então a votação tem que ser uma seqüência, vota-se o projeto de lei e a seguir vota-se a emenda substitutiva global de emenda constitucional”.

Manifestação do dia 4 e o consenso único para o financiamento
Henrique Fontana – “Não, na verdade hoje tem uma grande maioria, para não usar a palavra consenso no país. As pesquisas mostram isso. Que defendem a mudança do sistema político brasileiro eu diria que esse número já chega a 80,90% da população. Em diferentes pesquisas que se analisa. Por quê? É muito simples, por que as pessoas estão vendo que os problemas a política brasileira e a nossa democracia enfrentam não podem ser, combatidas apenas pela troca de candidatos. Tem que também bolar um sistema e adotar um sistema político que dê maior independência para os mandatos. O papel do poder econômico hoje é muito forte na democracia brasileira. Eu tenho dito uma frase – que nós estamos substituindo progressivamente o debate de ideias, programas e projetos, por uma corrida do ouro, de quem arrecada mais tem mais chances de se eleger. E os números mostram isso. Das 513 campanhas mais caras de deputado federal no Brasil inteiro, 369 tiveram sucesso. Ou seja, é muito direta a relação entre arrecadação e sucesso eleitoral. E é isso que eu proponho retirar da democracia brasileira. Permitir que setores mais pobres, setores médios que representam setores de poucos recursos financeiros tenham a chance de serem candidatos e tenham a chance de se eleger. Alias, não estou sozinho nisso, estou ao lado da OAB, da CNBB, da UNE e de tantas entidades que apoiam o financiamento público”.

A importância da participação do ex-presidente Lula no ato de apoio
Henrique Fontana – “É muito grande porque é uma liderança política de grande credibilidade dentro do país. Ele conhece muito, no detalhe o sistema político brasileiro, porque teve a responsabilidade de ser 8 anos presidente da República. E é um dos mais fortes defensores de um projeto de reforma que retire do poder econômico a força que ele tem hoje na democracia e que fortaleça os partidos. Eu gostaria inclusive que todas as grandes lideranças do país se envolvessem profundamente com a reforma política. Quanto mais gente ajudando a fazer a reforma, melhor. Porque o pior dos mundos é o Brasil sair desse processo com o mesmo sistema político que nós temos hoje. E que nos causam tantos desgostos, e inclusive tantas críticas. Os sistemas têm coisas boas evidentemente, mas eles têm muitas coisas que precisam ser mudadas”.

Mudança no projeto de iniciativa popular
Henrique Fontana – “Nós introduzimos a possibilidade do cidadão participar através da redes sociais, ou seja, quando uma entidade ou um grupo quer fazer tramitar na câmara federal um determinado projeto de lei. Ele vai poder trabalhar nas redes sociais, a mobilização o apoio a esse projeto. O cidadão da sua casa, da lan house ou da escola vai poder abrir o seu computador, ler o projeto e se ele apoia a tramitação daquele projeto, ele simplesmente vai registrar nome, título de eleitor nome da mãe ou do pai, e ele estará apoiando a tramitação desse projeto. Então isso vai facilitar muito a participação direta da população na apresentação de projetos de lei e de emendas constitucionais para tramitarem no parlamento”.

O número de apoios pela internet
Henrique Fontana – “O projeto de lei demanda 500 mil apoios, número inclusive um pouco menor do que é hoje. Só hoje tem que ser assinatura presencial. E uma emenda constitucional demanda 1 milhão e 500 mil apoio”.

Henrique Fontana – “Com certeza ajuda muito o presidente Lula tem uma habilidade muito grande para o trato da política. Assim com a presença de outros grandes líderes. Vamos citar o vice-presidente Michael Temer que é presidente do PMDB e nesse momento está licenciado e está sendo exercida a presidência pelo senador Valdir Raupp, então nós estamos debatendo com todos os setores, e o presidente Lula ajuda muito na aprovação da reforma”.

A forma do sistema
Henrique Fontana – “Como o eleitor vai votar nominalmente no candidato que ele prefere, com toda liberdade. E vai ter uma 2ª escolha, que é escolher um partido que ele apóia. E ao apoiar este partido, ele estará apoiando um grupo de candidatos que concorrem por este partido. No final o parlamento vai ser composto metade de pessoas eleita por este voto que o eleitor deu ai partido e a outra metade pelo voto nominal que o eleitor deu nominalmente aos candidatos. Nós vamos ter um parlamento que nasce de um sistema misto de eleições. Como, aliás, tem em muitos lugares do mundo”.

Henrique Fontana – “Não, ele vai escolher um deputado com toda liberdade. E ele vai escolher um partido ao qual ele apoia. E ao apoiar esse partido político ele estará apoiando um programa, um projeto e a importância desse voto é exatamente esta. É que o eleitor seja convidado a uma reflexão da importância que tem os programas e os projetos. Por que eles é que mexem o país. Quando as pessoas, muitas vezes pensam que o importante é escolher uma pessoa boa e o meu voto está destinado, elas não estão se dando conta de que uma pessoa sozinha não consegue fazer nada no parlamento. Os grupos de interesse de poder, os grupos partidários é que se reúnem para debater temas, e é daí que nasce as decisões que influência a vida de todos nós”.
(Apolos Neto – Portal do PT)