sábado, 18 de abril de 2015

Nascimento de filhote de ararinha-azul é esperança para espécie

DPA/Patrick Pleul
Marcus nasceu em 21 de março
Marcus nasceu em 21 de março e é a quarta ave gerada na ONG ACPT, em projeto de parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA)
Por: Luciene de Assis - Editor: Sérgio Maggio
A ONG alemã Associação para a Conservação dos Papagaios Ameaçados (Association for the Conservation of Threatened Parrots – ACTP), com sede em Berlim, registrou o nascimento de mais um filhote de ararinha-azul (Cyanopsitta spixii). A ave é a quarta dessa espécie a nascer na instituição, fato ocorrido em 21 de março, O filhote recebeu o nome de Marcus em homenagem ao veterinário brasileiro, Marcus Marques, que ajudou no momento da eclosão do ovo. Dia 3 de março passado, em comemoração ao Dia Mundial da Vida Selvagem, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) recebeu da entidade alemã um casal de ararinhas-azuis nascidas no criadouro de Berlim. Os irmãos Carla e Tiago, filhos da fêmea de propriedade do governo brasileiro, Bonita, e do macho alemão Ferdinando, deixaram o quarentenário oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Cananeia (São Paulo), e agora estão no Nest (sigla para New Ecological Scientific Treatment), um criadouro científico da fauna silvestre para fins de conservação, localizado no interior de São Paulo. RECUPERAÇÃO O MMA, por meio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e a Agência Federal Alemã de Conservação da Natureza (Bundesamtfür Naturschutz, BfN) trabalham em parceria há mais de dez anos no Programa de Cativeiro da ararinha-azul. A iniciativa se insere no âmbito do Projeto Ararinha na Natureza e motivou a criação de uma Unidade de Conservação na região de Curaçá, Bahia, área de onde essas aves se originam. A espécie pode viver de 30 a 40 anos e é considerada extinta na natureza desde o ano 2000. Atualmente, existem apenas 90 animais em criadouros do Brasil, Alemanha e Catar, sendo 11 deles no Nest, mantenedor do interior paulista. Esse esforço conjunto, empreendido pelos governos brasileiro e alemão, visa concretizar o retorno dos animais ao Brasil e formar um plantel mínimo de 150 indivíduos para reintroduzi-los na natureza dentro de sete anos. A espécie Cyanopsitta spixii pertence à família dos psitacídeos, que tem patas com dois dedos virados para frente e dois para trás. Alimenta-se de sementes e frutas. Usa o bico para escalar e subir em galhos. A caça ilegal e a derrubada de vegetação importante para a espécie ajudaram a aumentar a pressão de traficantes de animais sobre a ave, que foi capturada sistematicamente até sumir da natureza. Assessoria de Comunicação (Ascom/MMA) (61) 2028-1165

Links:
Saiba mais sobre o convênio do MMA com a ONG alemã
Veja fotos das ararinhas-azuis que chegaram ao Brasil

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Água Doce investe na Bahia R$ 61 milhões e ajuda 150 mil pessoas

Manu Dias/Secom-BA
A ministra e o governador: obras no prazo
“No final deste ano, volto para ver tudo funcionando”, assegurou a ministra do Meio Ambiente.

Por: Rafaela Ribeiro - Editor: Marco Moreira
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o governador da Bahia, Rui Costa (PT), celebraram, nesta sexta-feira (27/03), o início das obras do Programa Água Doce no Estado. Na oportunidade, a ministra visitou a unidade produtiva do programa, instalada há quatro anos na comunidade de Minuim, município de Santa Brígida, localizado na região do polígono das secas.

A ministra disse que vai trabalhar “com o governo, pelo povo e para o povo”. E completou: “O povo tem de ter orgulho de ser sertanejo, pois o sertão semiárido é uma terra que traz soluções, não traz problemas, e não é a gente que vem de Brasília e diz o que tem de ser feito, pois é o povo que orienta a política pública.”

RETORNO
“No final deste ano, volto para ver tudo funcionando”, garantiu Izabella Teixeira. “O sertão vai virar água doce e boa para este povo.”?O governador agradeceu o governo federal e o MMA pela parceria de sucesso, assegurada pelo programa de acesso à água para o povo do sertão, com base em um sistema ambientalmente equilibrado, que ajuda também a fazer renda.

O convênio da Bahia é o maior no âmbito do programa, totalizando R$ 61 milhões. O Estado receberá 385 sistemas de dessalinização, que beneficiarão cerca de 150 mil pessoas. As obras de instalação e recuperação desses sistemas são a segunda etapa do programa. No primeiro momento, foi realizado o diagnóstico de 1.174 comunidades rurais, em 41 municípios do semiárido baiano. O governador garantiu que entrega, até o final de 2015, 100 sistemas que beneficiarão cerca de 40 mil pessoas.

BENEFÍCIOS
O Semiárido baiano possui 265 municípios do total de 417 no Estado, 23% de todo o bioma brasileiro, uma área correspondente a 393.056,10 kMc. A comunidade que recebeu a ministra, o governador e 41 prefeitos baianos, Minuim, tem 1.250 habitantes, e 250 famílias que vivem principalmente da agricultura e da criação de bovinos, caprinos e ovinos.

A unidade demonstrativa de Minuim foi instalada em 2010 e tem uma vazão de 13.500 litros por hora. Cada família recebe, diariamente, 50 litros de água potável. Nestes quatro anos, foram realizadas oito despescas que produziram 13.600 quilos de tilápia.

Nas unidades demonstrativas, o sistema é completo. Os tanques de concentrado salino transformam-se em criadouros de tilápia, que é vendida para a comunidade a preço de custo. A água dos tanques, enriquecida com material orgânico, é utilizada para irrigação da planta Atriplex, conhecida como erva-sal, que é resistente à salinidade e pode ser transformada em forragem para ovinos e caprinos.

O PROGRAMA
Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, o Programa Água Doce faz parte do conjunto de ações do Plano Brasil sem Miséria. O objetivo é estabelecer uma política pública permanente de acesso à água de qualidade para o consumo humano, por meio do aproveitamento sustentável de águas subterrâneas.

De modo simplificado, o sistema de dessalinização purifica a água coletada por meio de poços e a disponibiliza em espaços como um tanque ou um chafariz. A ação leva em conta cuidados ambientais, técnicos e sociais.

O programa prioriza as regiões em situação mais crítica. Lugares com os menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), altos percentuais de mortalidade infantil, baixos índices de chuva e com dificuldades de acesso aos recursos hídricos serão os primeiros a serem contemplados pelos planos. Assim como o Índice de Condição de Acesso à Água do Semiárido (ICAA), desenvolvido a partir do cruzamento dos mesmos indicadores.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) - (61) 2028-1165