Fonte: MCS - Portal Interior da Bahia
19 de fevereiro de 2013
A prefeita foi entrevistada pelos radialistas Agenor Filho e Geila Carla, apresentadores do Jornal da Manhã, na Jacuípe Inicialmente, abandonando o silêncio, ela explicou como encontrou o município, informando sobre débitos e pendências deixadas pelo ex-prefeito Lauro Falcão. Segundo as informações, o ex-gestor deixou um débito de R$ 280 mil com a Coelba, forçando vários órgãos deixarem de funcionar em razão de a energia estar cortada.
“E impossível não relatar, pois muitos dos problemas herdados impossibilitaram o município de realizar algumas obras, como também de ser beneficiado com programas federais, por conta de convênios não firmados, principalmente na Secretaria de Educação. Eu procuro entender o porquê do antigo gestor não ter assumido esses compromissos, pois algumas medidas dependiam apenas de uma simples assinatura dele”, disse Tânia.
Ela citou como exemplo o Estádio Municipal, que, por não ter tido um projeto enviado à Sudesb, não recebeu a reforma exigida pela Federação Baiana de Futebol (FBF) para que a Jacuipense mandasse os seus jogos dentro de casa. Hoje, a população paga o preço pelo deslocamento até a cidade de Serrinha, se quiser prestigiar os jogos da equipe pelo Campeonato Baiano.
Segundo Tânia, o ex-prefeito também deixou uma dívida superior a R$ 80 mil com a Embasa, relativa a contas sem pagar da Prefeitura Municipal e de órgãos subordinados. De acordo com levantamento efetuado pela nova administração, o ex-prefeito também deixou cortados os telefones fixos da prefeitura e dívidas com celulares.
Além disso, a prefeita Tânia Matos também informou que vários computadores da prefeitura estavam quebrados ou faltando peças, e vários sem os programas para funcionar. Tal situação implicou, inclusive, no atraso do pagamento de alguns servidores, já que o programa junto ao Bradesco foi excluído do computador de forma proposital. “Houve um pequeno atraso de dois dias, mas mesmo assim entramos em contato com o Bradesco e conseguimos resolver a pendência”, explicou.
De acordo com a prefeita, as máquinas e tratores da prefeitura e alguns veículos também foram encontrados em péssimo estado de conservação, sendo que alguns estavam sem peças, comprometendo o funcionamento dos mesmos. No bojo dos problemas deixados pelo ex-prefeito, foram citados ainda a falta de emplacamento de vários veículos da frota municipal e o não recolhimento ao banco de valares debitados aos funcionários.
Obras e projetos
Contudo, apesar do quadro de "terra arrasada" deixado pelo ex-gestor, a prefeita disse que em breve a prefeitura estará organizada para funcionar em condições de atender à população. “Estamos trabalhando para botar a casa em ordem e, com a fé em Deus, começar a fazer aquilo que nós prometemos na campanha e que queremos para fazer um Riachão melhor”.
Entre as obras e melhorias anunciadas pela gestora está a pavimentação asfáltica de uma das principais vias da cidade, desde o bairro da Barra até a ponte velha sobre o rio Jacuípe “Conversamos com o vice-governador Otto Alencar, que já autorizou a obra. Estamos apenas conversando com o secretário da área para liberar os recursos”, anunciou a prefeita.
Outra obra importante anunciada pela prefeita é a reforma do Pelourinho, onde possui grande movimentação e comercialização durante a semana, mas, principalmente, nos dias da feira livre.
Ela também anunciou o inicio de recuperação de algumas estradas vicinais do município, uma coisa rara na administração anterior. A estrada que liga o Distrito de Barreiros à BR-324, que foi reconstruída durante a segunda gestão do ex-prefeito Valfredo Matos, será uma das que serão recuperadas neste primeiro momento.
No chão desde abril de 2012, a ponte na estrada que liga os municípios de Riachão do Jacuipe e Ichu também será recuperada, segundo a prefeita.
Indústria e emprego
A prefeita também anunciou a chegada da Indústria de Calçados Paquetá, que deverá gerar inicialmente cerca de 250 empregos diretos. Foi anunciada também a ampliação e reforma do Centro Administrativo de Riachão do Jacuípe (CARJ), e a construção de um Calçadão na travessa Manoel São Paulo Rios.
