Equipes da Polícia Federal voltam na manhã desta segunda-feira (16) às fazendas ocupadas por índios da tribo pataxó hã hã hãe na cidade de Pau Brasil, no sul da Bahia. Já são oito propriedades invadidas desde a manhã de domingo (15) na cidade.
No fim de semana, também foram registradas duas invasões a fazendas na cidade de Itaju do Colônia. O delegado local, Francesco Santana, afirma já ter pedido reforço de tropas da Força Nacional.
Levantamento das polícias apontam a ocupação de 62 fazendas por membros da tribo índigena na região sul da Bahia, com o objetivo de retomar 54 mil hectares entre as cidades de Pau Brasil, Camacan e Itaju do Colônia.
De acordo com o chefe de investigação da Polícia Civil do município de Pau Brasil, Sagro Dantas, ainda não é possível confirmar quantas pessoas, a maioria trabalhadores rurais, são feitas reféns pelos índios desde o fim de semana.
A delegada federal responsável pelo caso, Denise Cavalcanti, está em reunião durante a manhã desta segunda-feira e até por volta das 10h, não podia comentar o assunto.
Sagro Dantas afirma que agentes civis devem acompanhar a entrada da Polícia Federal na manhã desta segunda-feira.
De acordo com o investigador, um trabalhador da Fazenda Santo Antônio que conseguiu escapar foi à delegacia e informou a presença de 12 famílias ainda no local.
Já na propriedade Monte Alegre, foram libertados, após negociação com os índios, três filhos do proprietário. Na Indiana, três pessoas também conseguiram sair e um foi resgatado pela família na manhã desta segunda.-feira.
O gerente de uma das fazendas, Zelito Martins, teme pela segurança de quatro trabalhadores. "Não tenho notícias dele, apenas sei de boatos, de que estão amarrados, sequestrados, mas certeza se está vivo ou morto, a gente não tem nenhuma", afirma.
O produtor rural Paulo Leite, que atua em uma das propriedades, conta que foi expulso e abandonou no local cerca de mil cabeças de gado. "Tomaram a fazenda, com arma de longo alcance. Temos que procurar alugar pasto, alguma coisa assim", diz.
Os moradores de Pau Brasil bloquearam a estrada de terra que dá acesso às fazendas invadidas no domingo. Policiais militares, civis e federais foram até a área de conflito no fim da tarde, porém ficaram impedidos de trabalhar no resgate das vítimas quando o dia escureceu.
Entenda o caso
Atualmente, levantamento das polícias apontam a ocupação de 62 fazendas por membros da tribo índigena na região sul da Bahia, com o objetivo de retomar 54 mil hectares entre as cidades de Pau Brasil, Camacan e Itaju do Colônia. Estudo da Funai indicam que as terras eram reservas da aldeia pataxó e foram arrendadas pelo antigo serviço de proteção ao índio entre 1937 e 1942. Com o passar dos anos, os arrendatários conseguiram títulos de posse das terras e todas as fazendas da área da reserva foram ocupadas.
Os índios pedem a nulidade dos títulos de propriedade em favor dos fazendeiros. A questão será decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento chegou a ser marcado em novembro do ano passado, mas foi adiado a pedido do Governo da Bahia, que alegou falta de segurança para o cumprimento da decisão.
Crime
A polícia da região de Camacã, Pau Brasil e Itajú do Colônia, no Sul da Bahia, investigam o assassinato de uma mulher, que aconteceu na segunda-feira (9). Eles suspeitam que a morte da mulher tenha envolvimento com a briga de terras na região.
Franklin Fagundes viu a companheira morrer quando voltava de uma fazenda. Ana Maria Santos de Oliveira, de 33 anos, foi atingida por um tiro na cabeça. "Quando eu parei o carro, o que estava do lado de dentro da cerca atirou e minha esposa já caiu no meu colo.", disse. De acordo com o marido da vítima, a ação foi uma emboscada.
A polícia não tem pista dos criminosos. Segundo o delegado, os principais suspeitos são os índios que disputam terras com os fazendeiros da região. “Os indígenas possuem armas de fogo de grosso calibre, fuzis 762, privativos do exército”, explicou o delegado Francesco Santana. No entanto, antes ele chegou a afirmar que seguranças de fazendeiros poderiam ter causado a morte da mulher.
No fim de semana, também foram registradas duas invasões a fazendas na cidade de Itaju do Colônia. O delegado local, Francesco Santana, afirma já ter pedido reforço de tropas da Força Nacional.
Levantamento das polícias apontam a ocupação de 62 fazendas por membros da tribo índigena na região sul da Bahia, com o objetivo de retomar 54 mil hectares entre as cidades de Pau Brasil, Camacan e Itaju do Colônia.
De acordo com o chefe de investigação da Polícia Civil do município de Pau Brasil, Sagro Dantas, ainda não é possível confirmar quantas pessoas, a maioria trabalhadores rurais, são feitas reféns pelos índios desde o fim de semana.
A delegada federal responsável pelo caso, Denise Cavalcanti, está em reunião durante a manhã desta segunda-feira e até por volta das 10h, não podia comentar o assunto.
Sagro Dantas afirma que agentes civis devem acompanhar a entrada da Polícia Federal na manhã desta segunda-feira.
De acordo com o investigador, um trabalhador da Fazenda Santo Antônio que conseguiu escapar foi à delegacia e informou a presença de 12 famílias ainda no local.
Já na propriedade Monte Alegre, foram libertados, após negociação com os índios, três filhos do proprietário. Na Indiana, três pessoas também conseguiram sair e um foi resgatado pela família na manhã desta segunda.-feira.
O gerente de uma das fazendas, Zelito Martins, teme pela segurança de quatro trabalhadores. "Não tenho notícias dele, apenas sei de boatos, de que estão amarrados, sequestrados, mas certeza se está vivo ou morto, a gente não tem nenhuma", afirma.
O produtor rural Paulo Leite, que atua em uma das propriedades, conta que foi expulso e abandonou no local cerca de mil cabeças de gado. "Tomaram a fazenda, com arma de longo alcance. Temos que procurar alugar pasto, alguma coisa assim", diz.
Os moradores de Pau Brasil bloquearam a estrada de terra que dá acesso às fazendas invadidas no domingo. Policiais militares, civis e federais foram até a área de conflito no fim da tarde, porém ficaram impedidos de trabalhar no resgate das vítimas quando o dia escureceu.
Entenda o caso
Atualmente, levantamento das polícias apontam a ocupação de 62 fazendas por membros da tribo índigena na região sul da Bahia, com o objetivo de retomar 54 mil hectares entre as cidades de Pau Brasil, Camacan e Itaju do Colônia. Estudo da Funai indicam que as terras eram reservas da aldeia pataxó e foram arrendadas pelo antigo serviço de proteção ao índio entre 1937 e 1942. Com o passar dos anos, os arrendatários conseguiram títulos de posse das terras e todas as fazendas da área da reserva foram ocupadas.
Os índios pedem a nulidade dos títulos de propriedade em favor dos fazendeiros. A questão será decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento chegou a ser marcado em novembro do ano passado, mas foi adiado a pedido do Governo da Bahia, que alegou falta de segurança para o cumprimento da decisão.
Crime
A polícia da região de Camacã, Pau Brasil e Itajú do Colônia, no Sul da Bahia, investigam o assassinato de uma mulher, que aconteceu na segunda-feira (9). Eles suspeitam que a morte da mulher tenha envolvimento com a briga de terras na região.
Franklin Fagundes viu a companheira morrer quando voltava de uma fazenda. Ana Maria Santos de Oliveira, de 33 anos, foi atingida por um tiro na cabeça. "Quando eu parei o carro, o que estava do lado de dentro da cerca atirou e minha esposa já caiu no meu colo.", disse. De acordo com o marido da vítima, a ação foi uma emboscada.
A polícia não tem pista dos criminosos. Segundo o delegado, os principais suspeitos são os índios que disputam terras com os fazendeiros da região. “Os indígenas possuem armas de fogo de grosso calibre, fuzis 762, privativos do exército”, explicou o delegado Francesco Santana. No entanto, antes ele chegou a afirmar que seguranças de fazendeiros poderiam ter causado a morte da mulher.
Nenhum comentário:
Postar um comentário