O governador da Bahia, Jaques Wagner, afirmou na manhã desta terça-feira (7), em entrevista ao Bom Dia Brasil, não ter como incluir "imediatamente" no Orçamento o aumento solicitado pelos policiais militares em greve, mas disse que há avanços nas negociações e sinalizou com a possibilidade de reajustes parcelados até 2015. Ele destacou como positiva a duração da reunião realizada entre 16h30 de segunda-feira (6) e 2h30 desta terça. Nesta manhã, uma nova rodada de negociações deve ser realizada. Desde o início da greve, há uma semana, mais de cem homicídios foram registrados no estado, segundo a Secretaria de Segurança Pública.
Wagner afirmou estar disposto a conceder o pagamento da Gratificação de Atividade Policial (GAP) de nível 4, a principal exigência do movimento, mas diz não ter recursos para que o pagamento seja feito imediatamente. Atualmente, os policiais recebem a gratificação de nível 3, que é incorporado ao soldo para formar o salário final. Atualmente, um soldado da Bahia recebe entre R$ 1.900 e R$ 2.300.
A proposta citada pelo governador é de que o valor da gratificação de nível 4 seja incorporado ao salário de forma diluída ao longo dos três próximos anos. É a primeira vez que Wagner fala na possibilidade de pagar o GAP 4. “Nós, ao longo de cinco anos, concedemos 30% de aumento real. E eu tenho limite na folha. As negociações são em torno desse valor, da chamada GAP 4, e eventualmente até da GAP 5, mas evidentemente isso terá que ser partilhado ao longo de 2013, 2014 e até 2015. Se for para pagar alguma coisa imediatamente agora, não há menor espaço, porque eu não tenho espaço fiscal para fazê-lo", afirmou o governador.
No domingo (5), o governo havia oferecido reajuste de 6,5% retroativo a 1º de janeiro aos PMs em greve, segundo o secretário de comunicação Robson Almeida. O líder do policiais militares em greve, Marcos Prisco, disse na segunda que a categoria rejeitou a proposta. "Essa proposta é linear e vale para todos os servidores públicos. Ela já foi feita e recusada há duas semanas", afirmou.
Negociações e anistia
Segundo Jaques Wagner, as negociações para o fim da paralisação começaram às 16h30 de segunda e se estenderam até as 2h desta terça-feira. As conversas para o fim do movimento devem ser retomadas nesta manhã, a partir das 10h.
"Quando as coisas não andam, as negociações se interrompem rapidamente", disse. "A extensão da reunião é um sinal de que estamos no caminho de encontrar uma saída negociada”, acrescentou.
O governador descartou anistia para os grevistas que realizaram o que chamou de “atos criminosos”, mas minimizou os atritos. "Anistia se concede em um regime de exceção e de guerra, e estamos em uma democracia. Conceder anistia seria um salvo-conduto (para atos criminosos)", afirmou.
"Evidente que aqueles que fizeram atos que não compactuam com a democracia, que violentaram a lei, que depredaram patrimônio público, que de arma em punho ameaçaram a população dentro dos ônibus, esses seguraramente terão que ser processados senão seria um salvo-conduto para que que qualquer movimento reivindicatório pudesse se utilizar do que quisesse", acrescentou.
Vandalismo
"O que cria transtorno é esse medo e a violência de alguns que sobem em moto, atiram pra cima, andam encapuzados. Moradores de rua foram mortos, não tenho como acusar e dizer foi esse ou aquele, mas é óbvio que isso faz parte inclusive de uma tática", criticou.
"Esse movimento já é o 10º estado em que acontece. Eles têm como pano de fundo a chamada PEC-300 e eles têm inclusive uma cartilha e nela fica claro que a ideia é criar o pânico, amedrontar a todos, inclusive o governo do estado, para auferir aquilo que querem", disse.
"O meu chamamento é aos profissionais da segurança pública, que não deixem a população a descoberto. A nossa missão é a missão de garantir a segurança pública e nós devemos fazê-lo mesmo em momentos em que a gente está pedindo maiores salários. Eu insisto que o carnaval está chegando, nosso interesse é que rapidamente se bata o martelo na mesa de negociação e eu tenho convicção de que isso vai acontecer", acrescentou Wagner.
Assembleia cercada
Policiais militares em greve ocupam a sede da Assembleia Legislativa do estado. Desde segunda, cerca de 600 homens do Exército, além de 40 agentes do Comando de Operações Táticas (COT) isolam a área na tentativa de garantir a livre circulação e o funcionamento do Centro Administrativo da Bahia (CAB).
O isolamento da área também visa facilitar o cumprimento pela Polícia Federal de 11 mandados de prisão contra integrantes do movimento grevista. A presença dos manifestantes no local gerou conflito com os homens que fazem o policiamento na região. Tiros de borracha chegaram a ser disparados contra o grupo, que avançou na direção dos soldados.
Dirigente da associação de PMs é preso
Um soldado da PM e dirigente da Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares do Estado Bahia (Aspra) foi preso na madrugada de domingo (5), segundo o governo do estado, e encaminhado à sede da Polícia do Exército, na Avenida Paralela, em Salvador.
O PM é lotado na Companhia de Policiamento de Proteção Ambiental (COPPA). Segundo o governo, ele é suspeito de formação de quadrilha e roubo de patrimônio público, referente à retenção das viaturas. A prisão dele é a primeira cumprida dos 12 mandados de prisão expedidos pela Justiça da Bahia contra integrantes do movimento grevista.
Wagner afirmou estar disposto a conceder o pagamento da Gratificação de Atividade Policial (GAP) de nível 4, a principal exigência do movimento, mas diz não ter recursos para que o pagamento seja feito imediatamente. Atualmente, os policiais recebem a gratificação de nível 3, que é incorporado ao soldo para formar o salário final. Atualmente, um soldado da Bahia recebe entre R$ 1.900 e R$ 2.300.
A proposta citada pelo governador é de que o valor da gratificação de nível 4 seja incorporado ao salário de forma diluída ao longo dos três próximos anos. É a primeira vez que Wagner fala na possibilidade de pagar o GAP 4. “Nós, ao longo de cinco anos, concedemos 30% de aumento real. E eu tenho limite na folha. As negociações são em torno desse valor, da chamada GAP 4, e eventualmente até da GAP 5, mas evidentemente isso terá que ser partilhado ao longo de 2013, 2014 e até 2015. Se for para pagar alguma coisa imediatamente agora, não há menor espaço, porque eu não tenho espaço fiscal para fazê-lo", afirmou o governador.
No domingo (5), o governo havia oferecido reajuste de 6,5% retroativo a 1º de janeiro aos PMs em greve, segundo o secretário de comunicação Robson Almeida. O líder do policiais militares em greve, Marcos Prisco, disse na segunda que a categoria rejeitou a proposta. "Essa proposta é linear e vale para todos os servidores públicos. Ela já foi feita e recusada há duas semanas", afirmou.
Negociações e anistia
Segundo Jaques Wagner, as negociações para o fim da paralisação começaram às 16h30 de segunda e se estenderam até as 2h desta terça-feira. As conversas para o fim do movimento devem ser retomadas nesta manhã, a partir das 10h.
"Quando as coisas não andam, as negociações se interrompem rapidamente", disse. "A extensão da reunião é um sinal de que estamos no caminho de encontrar uma saída negociada”, acrescentou.
O governador descartou anistia para os grevistas que realizaram o que chamou de “atos criminosos”, mas minimizou os atritos. "Anistia se concede em um regime de exceção e de guerra, e estamos em uma democracia. Conceder anistia seria um salvo-conduto (para atos criminosos)", afirmou.
"Evidente que aqueles que fizeram atos que não compactuam com a democracia, que violentaram a lei, que depredaram patrimônio público, que de arma em punho ameaçaram a população dentro dos ônibus, esses seguraramente terão que ser processados senão seria um salvo-conduto para que que qualquer movimento reivindicatório pudesse se utilizar do que quisesse", acrescentou.
Vandalismo
"O que cria transtorno é esse medo e a violência de alguns que sobem em moto, atiram pra cima, andam encapuzados. Moradores de rua foram mortos, não tenho como acusar e dizer foi esse ou aquele, mas é óbvio que isso faz parte inclusive de uma tática", criticou.
"Esse movimento já é o 10º estado em que acontece. Eles têm como pano de fundo a chamada PEC-300 e eles têm inclusive uma cartilha e nela fica claro que a ideia é criar o pânico, amedrontar a todos, inclusive o governo do estado, para auferir aquilo que querem", disse.
"O meu chamamento é aos profissionais da segurança pública, que não deixem a população a descoberto. A nossa missão é a missão de garantir a segurança pública e nós devemos fazê-lo mesmo em momentos em que a gente está pedindo maiores salários. Eu insisto que o carnaval está chegando, nosso interesse é que rapidamente se bata o martelo na mesa de negociação e eu tenho convicção de que isso vai acontecer", acrescentou Wagner.
Assembleia cercada
Policiais militares em greve ocupam a sede da Assembleia Legislativa do estado. Desde segunda, cerca de 600 homens do Exército, além de 40 agentes do Comando de Operações Táticas (COT) isolam a área na tentativa de garantir a livre circulação e o funcionamento do Centro Administrativo da Bahia (CAB).
O isolamento da área também visa facilitar o cumprimento pela Polícia Federal de 11 mandados de prisão contra integrantes do movimento grevista. A presença dos manifestantes no local gerou conflito com os homens que fazem o policiamento na região. Tiros de borracha chegaram a ser disparados contra o grupo, que avançou na direção dos soldados.
Dirigente da associação de PMs é preso
Um soldado da PM e dirigente da Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares do Estado Bahia (Aspra) foi preso na madrugada de domingo (5), segundo o governo do estado, e encaminhado à sede da Polícia do Exército, na Avenida Paralela, em Salvador.
O PM é lotado na Companhia de Policiamento de Proteção Ambiental (COPPA). Segundo o governo, ele é suspeito de formação de quadrilha e roubo de patrimônio público, referente à retenção das viaturas. A prisão dele é a primeira cumprida dos 12 mandados de prisão expedidos pela Justiça da Bahia contra integrantes do movimento grevista.
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