Parque Nacional Marinho de AbroLhos
Parque Nacional Marinho de AbroLhos
Primeiro
Parque Nacional Marinho do Brasil, Abrolhos foi criado em abril de 1983
e representou um marco para a conservação marinha no país. Desde então,
os cerca de 91.300 hectares da unidade ajudam a proteger a região com a
maior biodiversidade marinha no Atlântico Sul. Sob a administração do
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBIO, o
Parque possui dois polígonos: um que protege o arco de recifes costeiros
e está localizado em frente ao município de Alcobaça, abrangendo o
Recife de Timbebas, e outro a cerca de 70 quilômetros da costa,
englobando o o Parcel dos Abrolhos e o Arquipélago dos Abrolhos,
composto pelas ilhas Redonda, Siriba, Sueste, Guarita e Santa Bárbara,
esta última excluída dos limites do parque e sob jurisdição da Marinha
do Brasil.
O arquipélago de Abrolhos causou
curiosidade a Charles Darwin, que o visitou em 1832. Além de resguardar
porção significativa do maior banco de corais e da maior biodiversidade
marinha do Atlântico Sul, o Parque protege algumas das principais
áreas-berçário das baleias-jubarte, que migram para o banco para ter
seus filhotes. É também a única região do planeta onde é possível
encontrar o coral Mussismilia braziliensis, conhecido por
coral-cérebro por seu aspecto peculiar. Espécies de tartarugas-marinhas
ameaçadas de extinção - como as tartarugas de couro, cabeçuda, verde e
de pente - também se refugiam no Parque, além de aves como a grazina e
os atobás. Um levantamento da biodiversidade da região registrou
aproximadamente 1.300 espécies, 45 delas consideradas ameaçadas, segundo
listas da IUCN e do MMA.
Dados de monitoramento pesqueiro mostram que a pesca nas regiões
vizinhas ao Parque movimenta mais de R$ 100 milhões por ano, o que
representa 10% da receita da atividade no Brasil. A unidade assegura a
procriação das espécies contribuindo para a manutenção da pesca nas
regiões vizinhas, que é o meio de subsistência para cerca de 20 mil
pessoas na região. O turismo é outra expressão da importância econômica
da unidade, o fluxo turístico gerado pelo Parque garante centenas de
empregos em hotéis, pousadas, restaurantes e demais atividades ligadas
ao setor. Segundo dados do PRODETUR o turismo representa 20% do PIB dos
municípios da Costa das Baleias, zona turística correspondente ao
litoral do extremo sul da Bahia. Pesquisas da BAHIATURSA apontam que
mais de 90% dos turistas que visitam a região tem como motivação
principal os atrativos naturais. As águas claras de temperatura amena,
naufrágios e a rica fauna marinha fazem do Parque dos Abrolhos o
atrativo natural mais importante da Costa das Baleias.
Quando Ir
O Parque pode ser visitado o ano todo. No verão as águas são mais quentes e tem maior visibilidade, sendo o melhor período para mergulhos. Já entre os meses de junho e novembro é possível ver as baleias Jubartes. A segurança da navegação depende também das condições climáticas, de modo que vale a pena consultar a previsão climática quando for realizar seu passeio.Como Chegar
A cidade mais próxima e que dispõe de porto para embarque e infraestrutura para receber turistas é Caravelas, localizada no extremo sul da Bahia, distante 261 quilômetros de Porto Seguro, onde fica o Aeroporto mais próximo e que recebe vôos de diversos aeroportos brasileiros. O trajeto de carro entre Porto Seguro e Caravelas dura pouco mais de 3 horas e é feito por rodovias asfaltadas sendo duas opções: 1a opção, BR-101 até Teixeira de Freitas, BA-290 até Alcobaça e pela BA-001 até Caravelas ou 2a opção: BR-101 até Itamarajú, BA-489 até Alcobaça e pela BA-001 até Caravelas. Quem preferir pode pegar um ônibus de Porto Seguro a Teixeira de Freitas e, de lá, tomar outro para Caravelas. Partindo de Caravelas, não é difícil encontrar as operadoras de turismo que promovem os passeios, que podem variar de um a quatro dias. Estas empresas também alugam equipamentos de mergulho e oferecem conforto e segurança ao seu passeio, em barcos próprios para turismo. A viagem do continente até o Parque dura cerca de 3 horas.Ingressos
Para visitar o Parque é preciso pagar um ingresso de R$ 35,00 reais por pessoa por dia, taxa que as empresas já incluem no tarifário dos pacotes. O ingresso para estrangeiros é de R$ 70,00 por visitante. Visitantes com idade maior de 60 anos ou menores de 12 anos são isentos do pagamento ingresso.Atrativos
A visita embarcada no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos pode incluir atividades de mergulho livre (apnéia) e mergulho autônomo, observação de aves, caminhada monitorada em trilha na Ilha Siriba e de julho a novembro é possivel realizar observação de Baleias Jubarte.Como o Parque está localizado em uma das regiões de maior biodiversidade marinha do oceano atlântico sul, o contato do turista com a natureza torna-se uma experiência deslumbrante.
O mergulho livre, realizado em profundidades de até 5 metros permite a visualização de peixes multicoloridos, corais, algas, e muito mais. O mergulhador pode ter a oportunidade de mergulhar ao lado de tartarugas marinhas enormes.
O mergulho autônomo permite ao visitante, além disso, mergulhar em naufrágios, cavernas, noturno e em chapeirões. O mergulho no Parque somente pode ser realizado em locais pré-estabelecidos e acompanhado de condutor subaquático treinado pelo Parque.
O visual paisagístico do arquipélago é algo deslumbrante, as ilhas abrigam diversas aves, como: Atobás Brancos e Marrons, Grazinas, Fragatas e Beneditos., que rendem ótimas fotos!
A caminhada monitorada em trilha pela Ilha Siriba é espetacular, pois permite, além do passeio na ilha, compreender as relações existentes neste local, através da palestra com os monitores ambientais do ICMBio.
Durante os meses de julho a novembro, o passeio ganha um atrativo a mais, que são as exuberantes baleias Jubarte, que buscam nestas águas claras e quentes um local para acasalarem e se reproduzirem, possibilitando que o turista observe estes enormes mamíferos marinhos durante a viagem.
A permanência nas embarcações faz com que o visitante acompanhe como é a vida destes profissionais que trabalham no mar em prol da conservação.
Não é permitido
- Usar fogo e praticar qualquer ato, ou se omitir, de forma que possa ocasionar incêndio
- Alimentar, capturar ou molestar animais silvestres
- Acampar e fazer fogueiras
- Usar aparelhos de som alto e soltar fogos de artifício
- Pichar ou realizar outros atos de vandalismo
- Soltar qualquer espécie animal ou plantar espécie vegetal
- Realizar pesquisa científica e visitação de grupos sem autorização
- Impedir ou dificultar a regeneração natural da vegetação
- Portar instrumentos de pesca ou caça submarina
- Fotografar profissionalmente sem autorização da administração
- Mergulhar e desembarcar nas ilhas do arquipélago sem autorização
- Mergulhar utilizando luvas e facas.
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