Hari Alexandre Brust: Reforma Política Já!
28 de maio de 2013
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Os partidos políticos ideológicos lutam e os eleitores clamam por uma imediata e urgente REFORMA POLÍTICA que, todavia, somente será aprovada, através de uma mobilização nacional nos moldes das DIRETAS JÁ, com o engajamento das principais lideranças políticas.
O atual modelo político, pela sua caducidade, tem gerado graves crises entre os poderes, ora Executivo-Legislativo, ora Legislativo-Judiciário, ora Executivo-Judiciário.
É, sem dúvida, um modelo superado, que faliu por falta de capital ético e por absoluta ausência de crédito moral.
A democracia capitalista transformou as eleições, que deixaram de ser no campo ideológico, para se converter em meras disputas estatísticas, num concurso de rateio do Fundo Partidário e do tempo de rádio e televisão, razão inclusive da proliferação de novas legendas.
Em nossa opinião esse modelo político há muito que exauriu, está superado e é mantido em nosso entendimento, pela democracia capitalista que não se diferencia muito da praticada no início do Império, em que havia uma qualificação dos eleitores.
A evolução do processo eleitoral, todavia, a instituição do título eleitoral, o voto secreto decretado por Getúlio Vargas o maior estadista do Brasil e a apuração informatizada, obrigou os democratas capitalistas a substituir o eleitor qualificado e estabelecer uma nova estratégia para manter o controle do processo eleitoral e assim surgiu a influência poderosa, maléfica e corruptora do poder econômico no financiamento das campanhas políticas.
O processo é o mesmo desde o Império, apenas mudou a forma de alcançar os resultados.
Antes o capital mantinha o controle das eleições via qualificação do eleitor.
Atualmente o capital domina o processo eleitoral via compensação financeira.
Cabe agora aos partidos políticos que deixaram de ser o elo entre o povo e o poder, retomar o leito da democracia popular e propor através dos seus parlamentares uma profunda reforma política, contemplando o financiamento público, o sistema misto alemão nas eleições proporcionais e a fidelidade partidária, antes que o último eleitor apague a luz do regime democrático, pois todos sabemos que só há democracia forte com partidos políticos fortes e, neste momento, todos estão fragilizados.
Urge acabar com essa farra. O saudoso companheiro Darcy Ribeiro já pregava a necessidade de passar o Brasil a limpo. O STF deu a partida. Esperamos que não seja a única iniciativa.
Nesse contexto, cabe um registro de aplausos aos companheiros do PT - Partido dos Trabalhadores, pela iniciativa de, no último dia 23, promover uma campanha pela coleta de assinaturas para aprovar a Reforma Política.
A necessidade dessa reforma, nos reporta a outras reformas imprescindíveis e que podem ser elencadas nas REFORMAS DE BASE propostas pelo saudoso Presidente João Goulart (razão da sua deposição) e, que se tivessem sido implementadas há 50 anos, não teríamos hoje os SEM TERRA, os SEM EDUCAÇÃO, os SEM SEGURANÇA, os SEM TRANSPORTE, além da REFORMA TRIBUTÁRIA que teria contemplado uma justa distribuição dos recursos, infelizmente ainda concentrados na União, um vergonhoso entulho da ditadura. Por ser turno, o lucro especulativo remetido pelas multinacionais, seria revestido em nosso País, em benefício do nosso povo.
Nessas circunstâncias cabe uma alerta: ou a classe política se convence da necessidade premente, urgente e inadiável de promover uma ampla Reforma Política, ou eleitoralmente a população reformará o quadro dos seus representantes.
(*) Hari Alexandre Brust é presidente do PDT-BA
O atual modelo político, pela sua caducidade, tem gerado graves crises entre os poderes, ora Executivo-Legislativo, ora Legislativo-Judiciário, ora Executivo-Judiciário.
É, sem dúvida, um modelo superado, que faliu por falta de capital ético e por absoluta ausência de crédito moral.
A democracia capitalista transformou as eleições, que deixaram de ser no campo ideológico, para se converter em meras disputas estatísticas, num concurso de rateio do Fundo Partidário e do tempo de rádio e televisão, razão inclusive da proliferação de novas legendas.
Em nossa opinião esse modelo político há muito que exauriu, está superado e é mantido em nosso entendimento, pela democracia capitalista que não se diferencia muito da praticada no início do Império, em que havia uma qualificação dos eleitores.
A evolução do processo eleitoral, todavia, a instituição do título eleitoral, o voto secreto decretado por Getúlio Vargas o maior estadista do Brasil e a apuração informatizada, obrigou os democratas capitalistas a substituir o eleitor qualificado e estabelecer uma nova estratégia para manter o controle do processo eleitoral e assim surgiu a influência poderosa, maléfica e corruptora do poder econômico no financiamento das campanhas políticas.
O processo é o mesmo desde o Império, apenas mudou a forma de alcançar os resultados.
Antes o capital mantinha o controle das eleições via qualificação do eleitor.
Atualmente o capital domina o processo eleitoral via compensação financeira.
Cabe agora aos partidos políticos que deixaram de ser o elo entre o povo e o poder, retomar o leito da democracia popular e propor através dos seus parlamentares uma profunda reforma política, contemplando o financiamento público, o sistema misto alemão nas eleições proporcionais e a fidelidade partidária, antes que o último eleitor apague a luz do regime democrático, pois todos sabemos que só há democracia forte com partidos políticos fortes e, neste momento, todos estão fragilizados.
Urge acabar com essa farra. O saudoso companheiro Darcy Ribeiro já pregava a necessidade de passar o Brasil a limpo. O STF deu a partida. Esperamos que não seja a única iniciativa.
Nesse contexto, cabe um registro de aplausos aos companheiros do PT - Partido dos Trabalhadores, pela iniciativa de, no último dia 23, promover uma campanha pela coleta de assinaturas para aprovar a Reforma Política.
A necessidade dessa reforma, nos reporta a outras reformas imprescindíveis e que podem ser elencadas nas REFORMAS DE BASE propostas pelo saudoso Presidente João Goulart (razão da sua deposição) e, que se tivessem sido implementadas há 50 anos, não teríamos hoje os SEM TERRA, os SEM EDUCAÇÃO, os SEM SEGURANÇA, os SEM TRANSPORTE, além da REFORMA TRIBUTÁRIA que teria contemplado uma justa distribuição dos recursos, infelizmente ainda concentrados na União, um vergonhoso entulho da ditadura. Por ser turno, o lucro especulativo remetido pelas multinacionais, seria revestido em nosso País, em benefício do nosso povo.
Nessas circunstâncias cabe uma alerta: ou a classe política se convence da necessidade premente, urgente e inadiável de promover uma ampla Reforma Política, ou eleitoralmente a população reformará o quadro dos seus representantes.
(*) Hari Alexandre Brust é presidente do PDT-BA
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