domingo, 21 de agosto de 2011

A faxina de Dilma

20/8/2011 17:55,  Por Blog do Miro
No Brasil, o moralismo foi sempre a principal – quando não a única – arma dos setores conservadores contra os governos progressistas. Está fresca na memória de todos a estratégia do demotucanato, em conluio com a mídia, durante os oito anos em que Lula ocupou a Presidência: um jogo de derruba-presidente alimentado por denúncias semanais de corrupção.A prática é antiga, e, em maior ou menor grau, tanto o Getúlio Vargas eleito quanto Juscelino Kubitschek e João Goulart foram alvos de tais táticas – o primeiro tendo toda a imprensa contra si, à exceção da Última Hora de Wainer; JK atacado incessantemente por O Cruzeiro, David Nasser à frente, para quem Brasília era uma mera desculpa para engrossar a corrupção; e quanto a Goulart, basta lembrar que o combate à corrupção foi inúmeras vezes elencado por fontes militares e editoriais jornalísticos como uma das motivações centrais do golpe que o derrubara.Denuncismo vazioNão interessa, nesses denuncismo que ora tem no governo Dilma o seu alvo, se as denúncias procedem ou não. O objetivo não é a moralização do Estado ou de coisa alguma, como fica evidente pelo fato de que tanto a mídia quanto os partidos patrocinadores das denúncias se desinteressam pelos desdobramentos das investigações tão logo o personagem acusado deixa o governo.Os objetivos – cujo fim último é, como os casos de Goulart e de Getúlio evidenciam, o golpe contra o presidente -, são outros:1) Manter a opinião pública permanentemente indignada, com a certeza de que vive no mais corrupto dos países, e ora administrado pelo partido mais vil e pelos mais degenerados dos políticos.2) Impor sucessivos cortes à equipe governista, estreitando sua margem de quadros e de manobras e, ao mesmo tempo, minando suas relações com os partidos da base, que não gostam de ter seus indicados forçados a deixar os cargos.
Dilma na miraFiliam-se à mesma estratégia golpista acima descrita as denúncias de corrupção contra o governo Dilma, ininterruptas desde fevereiro e que já custaram o cargo de quatro ministros. A diferença, agora, é a postura da presidente. Ao invés de denunciar a estratégia midiática, como Lula fazia, ela não só tem se deixado pautar pela mídia mas, ultimamente, vem aceitando o apoio de cardeais tucanos para a sua “faxina”.Ora, é preciso uma enorme dose de ingenuidade para não se aperceber dos riscos que tal estratégia traz consigo. Em primeiro lugar, não é preciso nenhuma expertise para se dar conta de que uma matéria com FHC e Dilma na foto, o primeiro saudando o combate o combate à corrupção promovido pela presidente, leva diretamente ao legado de outro ex-presidente, ausente na foto: se há corrupção a ser combatida e este combate é apoiado até por FHC é porque Lula a deixou.Além disso, a mídia demotucana já se deu conta – graças, entre outros fatores, à repercussão do desempenho da Polícia Federal no governo Lula – de que a opinião pública não tende a associar o aumento de investigações sobre corrupção ao combate desta – pelo contrário. O mito acachapante de que durante a ditadura militar praticamente não havia corrupção alimenta-se precisamente desse paradoxo: como não se podia noticiar a corrupção é como se ela não existisse. De forma inversa, a impressão, amplamente difundida em certos estratos, de que os governos Lula e Dilma são extremamente corruptos viria justamente da profusão de denúncias e anúncios de investigações em curso.Refém em potencial
Por fim, parece evidente que esse apoio público de setores conservadores à “faxina” promovida por Dilma vai retroalimentar e hiperdimensionar o tal combate à corrupção, e que a mídia, a cargo de pautar e ditar o ritmo de ação da “limpeza” pode levar o governo a uma situação vulnerável, tendo de cortar na carne seus quadros no Executivo, gerando atritos cada vez maiores com a base aliada e tornando mais vulnerável a própria autoridade presidencial.
É urgente, portanto, que Dilma Rousseff repense os termos de sua relação com a mídia e com a oposição, de modo a abrir mão do populismo neoudenista implícito no conceito de “faxina” contra a corrupção (sem abrir mão do combate a esta) e sem se deixar pautar. Do contrário, a possibilidade de se tornar refém da agenda tucano-midiática é real.
(Foto de Jânio Quadros retirada daqui)

As mais acessadas do CdB


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Operação contra fraude no Fisco confisca ilha na Bahia e prende 18


A Operação Alquimia, da Polícia Federal (PF), que prendeu 18 pessoas acusadas de fraudar o Fisco, confiscou uma ilha na Bahia.

A informação foi divulgada durante entrevista pelo superintendente Regional da PF-MG, Fernando Duran. Ao todo, a ação atuou em 17 estados e teve 18 presos.

Além das prisões e do confisco de uma ilha da Bahia, a PF determinou o bloqueio de bens de luxo, como carros, aeronaves e até embarcações.

Um cofre com ouro também foi localizado na ilha.

A Operação Alquimia tem o objetivo de recuperar R$ 1 bilhão desviados por grupos empresariais, em sua maioria ligados ao ramo de produtos químicos. São cumpridos 31 mandados de prisão, 129 de busca e apreensão e 63 conduções coercitivas. Os policiais vasculharam residências e escritórios dos suspeitos.
Entre os estados onde ocorre a operação estão Minas Gerais, Bahia, Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Sergipe.

Na Bahia, uma ilha foi confiscada pela Polícia Federal

De acordo com a PF, ações apenas de sequestro de bens acontecem também nos estados de Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará e Piauí, além do Distrito Federal.

Durante as investigações, a PF encontrou indícios de diversos crimes, como sonegação fiscal, fraude à execução fiscal, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
A Justiça Federal também decretou o sequestro de bens, incluindo veículos, embarcações, aeronaves e equipamentos industriais e o bloqueio de recursos financeiros dos suspeitos.

Bens de suspeitos foram lacrados por agentesA investigação começou há quase dez anos, em 2002, e está sendo considerada a maior operação do gênero na história do país. Os investigadores descobriram o envolvimento de fundos de investimentos e "factorings". Entre os artifícios de sonegação estava a declaração de bens como carretas e caminhões aos quais era atribuído o valor de apenas R$ 1 cada. As empresas investigadas pela Operação Alquimia atuam em diversos ramos: produtos químicos, transportes, eventos em geral, alimentos, fomento mercantil, locação de banheiros químicos, assessoria e consultoria, participações em outras empresas e administração de bens móveis e imóveis.

A PF disse que cerca de 50 empresas "laranjas" foram criadas para beneficiar a principal empresa do grupo, cujo nome ainda não foi divulgado.

Em São Paulo, a PF prendeu a doméstica Vanuza Ribeiro, na favela de Jardim Colombo. Ela foi liberada após prestar depoimento. Já em Brasília, os agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva de um empresário no Lago Sul, área nobre da capital.

Tags: estados, fisco, ilha, PF, receita federal bahia
 



Operação contra fraude no Fisco confisca ilha na Bahia e prende 18


 
A Operação Alquimia, da Polícia Federal (PF), que prendeu 18 pessoas acusadas de fraudar o Fisco, confiscou uma ilha na Bahia.

A informação foi divulgada durante entrevista pelo superintendente Regional da PF-MG, Fernando Duran. Ao todo, a ação atuou em 17 estados e teve 18 presos.

Além das prisões e do confisco de uma ilha da Bahia, a PF determinou o bloqueio de bens de luxo, como carros, aeronaves e até embarcações.

Um cofre com ouro também foi localizado na ilha.

A Operação Alquimia tem o objetivo de recuperar R$ 1 bilhão desviados por grupos empresariais, em sua maioria ligados ao ramo de produtos químicos. São cumpridos 31 mandados de prisão, 129 de busca e apreensão e 63 conduções coercitivas. Os policiais vasculharam residências e escritórios dos suspeitos.
Entre os estados onde ocorre a operação estão Minas Gerais, Bahia, Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Sergipe.

Na Bahia, uma ilha foi confiscada pela Polícia Federal

De acordo com a PF, ações apenas de sequestro de bens acontecem também nos estados de Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará e Piauí, além do Distrito Federal.
Durante as investigações, a PF encontrou indícios de diversos crimes, como sonegação fiscal, fraude à execução fiscal, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
A Justiça Federal também decretou o sequestro de bens, incluindo veículos, embarcações, aeronaves e equipamentos industriais e o bloqueio de recursos financeiros dos suspeitos.
Bens de suspeitos foram lacrados por agentesA investigação começou há quase dez anos, em 2002, e está sendo considerada a maior operação do gênero na história do país. Os investigadores descobriram o envolvimento de fundos de investimentos e "factorings". Entre os artifícios de sonegação estava a declaração de bens como carretas e caminhões aos quais era atribuído o valor de apenas R$ 1 cada. As empresas investigadas pela Operação Alquimia atuam em diversos ramos: produtos químicos, transportes, eventos em geral, alimentos, fomento mercantil, locação de banheiros químicos, assessoria e consultoria, participações em outras empresas e administração de bens móveis e imóveis.
A PF disse que cerca de 50 empresas "laranjas" foram criadas para beneficiar a principal empresa do grupo, cujo nome ainda não foi divulgado.
Em São Paulo, a PF prendeu a doméstica Vanuza Ribeiro, na favela de Jardim Colombo. Ela foi liberada após prestar depoimento. Já em Brasília, os agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva de um empresário no Lago Sul, área nobre da capital.
Tags: estados, fisco, ilha, PF, receita federal bahia
 




Acidente mata passageiros de van na região oeste da Bahia (Postado por Erick Oliveira)

Um grave acidente ocorrido na madrugada desta quarta-feira (17) matou passageiros de uma van na BR-349, nas imediações da cidade de Corrrentina, a 155 km de Barreiras, região oeste da Bahia.
De acordo com funcionários da delegacia da cidade, até por volta das 10h havia a informação de pelo menos nove mortes. A van colidiu com uma carreta bitrem. Equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar estão no local do acidente.
Segundo Joaquim Chaves, morador da cidade e proprietário do guincho que foi até o local, as vítimas estavam indo para o enterro de um familiar na cidade de Santana dos Brejos, a 110 km de Correntina. Ele comenta que o local do acidente é um trecho reto, sem curvas, e que a suspeita levantada é que um dos motoristas teria dormido ao volante. Um funcionário da prefeitura confirmou o relato de que as vítimas são da mesma família e se deslocavam para um enterro.
De acordo com a delegacia, um carro da funerária viajava à frente da van transportando o corpo do familiar para Santana dos Brejos. As primeiras informações da polícia afirmam que os parentes são baianos, mas moram em outro estado.
Os corpos das vítimas serão levados para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) da cidade de Santa Maria.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Após protesto, multidão acompanha enterro de operários na Bahia (Postado por Erick Oliveira)

Centenas de pessoas acompanham no fim da manhã desta quarta-feira (10) a cerimônia para o sepultamento de José Roque dos Santos e Lourival Ferreira, mortos após a queda de um elevador no canteiro de obras na Avenida ACM, em Salvador. A cerimônia está sendo realizada no cemitério Bosque da Paz, no bairro de Nova Brasília.
Quatro dos trabalhadores serão enterrados em Salvador e cinco no interior do estado. Também no Bosque da Paz, Antônio Elias será enterrado às 14h desta quarta-feira. Já o trabalhador Hélio Sampaio será sepultado às 15h, no cemitério Campo Santo, no bairro Alto das Pombas. No interior do estado, Jairo de Almeida será enterrado na cidade de Irará, Antônio Reis do Carmo em Nazaré, Antônio Luís Alves em Conceição do Jacuípe, Martinho Fernandes em Conceição de Feira e Manoel Bispo em São Miguel das Matas.
Protesto
No início da manhã, os  trabalhadores da construção civil se reuniram em frente ao canteiro de obras de um empreendimento na Avenida Paralela, também na capital baiana. Sindicalistas da categoria visitaram diversas obras para mobilizar os operários a paralisarem suas atividades e comparecerem ao sepultamento das vítimas do acidente.
O presidente do Sintracom-BA comenta que a pauta de reivindicação da categoria nesta quarta-feira se resume à questão da segurança. “Posteriormente discutiremos outros aspectos, agora nossa mobilização é pelos nove pais de família que se foram", diz José Ribeiro.
Construtora
De acordo com a assessoria de comunicação da Construtora Segura, a empresa vai aguardar o resultado da perícia, que tem prazo estimado de 30 dias para ser concluída, para se posicionar sobre o acidente. Ainda assim, a construtora reforçou o que havia divulgado em nota anteriormente, afirmando que o equipamento que causou o acidente funcionava dentro das normas técnicas e de segurança.
A empresa lamenta o ocorrido e afirma que todos os seus esforços nesse momento são para amparar os familiares das vítimas e minimizar o seu sofrimento. De acordo com a construtora, assistentes sociais e psicólogos estão sendo disponibilizados. Ainda segundo a construtora, sete ônibus foram disponibilizados para levar amigos e parentes de Salvador para os enterros que acontecerão no interior do estado, além de cinco ônibus que transportarão sindicalistas, companheiros de trabalho, familiares e amigos para os sepultamentos em Salvador.
 


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Acidente em canteiro de obras mata operários em Salvador (Postado por Erick Oliveira)

Um acidente ocorrido na manhã desta terça-feira (9) no canteiro de obras do edifício Comercial 2, na Avenida Antônio Carlos Magalhães (ACM), em Salvador, provocou a morte de nove operários, de acordo com a assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros. Um elevador despencou do 20º andar da obra por volta das 7h30, na região do Iguatemi.
Três equipes dos bombeiros foram encaminhadas para atender a ocorrência. Segundo testemunhas, as nove pessoas que morreram estavam dentro do elevador que despencou e mais ninguém ficou ferido. Familiares de vítimas passaram mal e foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Também atuaram no local do acidente equipes da Polícia Militar, funcionários do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e policiais da 16ª Delegacia, responsável pela área, que investigarão as causas do acidente.
O superintendente da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom), Cláudio Silva, esteve no canteiro e informou que os trabalhos foram suspensos por tempo indeterminado. Silva acrescentou que a obra possui licença e alvará regularizados para funcionamento.
A empresa responsável pelo canteiro não havia se pronunciado sobre o acidente até por volta das 9h.
Primeiro dia
O operário Ailton Alves Reis, irmão de um dos homens que morreu na queda, afirmou que o acidente ocorreu na terceira vez do dia em que o elevador fazia a subida. Segundo ele, seu irmão era o funcionário Antônio Alves Reis, de 56 anos, conhecido como Itinga, que estava no primeiro dia de trabalho naquele canteiro. Airton Reis contou que conversou com o irmão momentos antes de entrar no elevador. “Ele disse que ia lá em cima ver como estava o trabalho”, disse Ailton Reis.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção (Sintracom), Raimundo Brito, informou ao G1 que acompanhava o trabalho das equipes da polícia e bombeiros. "Nós não podemos falar muito neste momento, mas infelizmente a construção civil passa por problemas de segurança. Queremos uma discussão sobre segurança e condições de trabalho fora de momentos como este", lamenta Brito.